Partindo de inventários de bens contidos em processos do Santo Ofício da Inquisição movidos a cristãos-novos de judeus presos ao longo dos séculos XVII e XVIII, tentámos conhecer aspectos relevantes da cultura material dos grupos intermédios de Portugal e do Brasil colonial.
Em causa esteve a utilização de fontes inéditas para o estudo dos bens que integravam os patrimónios, porém, mais do que uma história dos objectos – já por si relevante – a investigação orientou-se para a análise das relações estabelecidas entre as pessoas e os bens quer os essenciais de uso corrente quer os que permitiam evidenciar status.
Se o estudo permitiu conhecer os patrimónios e a avaliação de parte deles, desde uns trastes quaisquer até extensas propriedades, muitos escravos, ricos vestidos a par de jóias e de pratas de valor e qualidade, também é certo que estes dados, apoiados em vastíssima casuística e tratados em quadros e gráficos – numa tentativa de equilibrar questões qualitativas e quantitativas, ambas muitíssimo relevantes neste tipo de estudos para evitar cair no episódico ou na aridez dos números – foi igualmente necessário ir mais longe, ou seja explicar a relação entre as pessoas e os bens, percepcionar os investimentos individuais ou familiares em termos de construção de imagem, compreender o que significava luxo e em que contextos aparecia.
Bens de Hereges
Autor(s)
Isabel M. R. Mendes
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Drumond Braga
20.00€ 18.00€ -10%
Editora:
Imprensa da Universidade Coimbra
Ano:
2012
Nº Páginas:
426
Peso:
0 Kg
Dimensões:
mm
ISBN:
9789892603070
Categoria(s)
História
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Disponibilidade:
Em Stock