Ponte do Rio Kwai, A

A ordem era destruir a ponte. Os explosivos estavam preparados. Era uma questão de sobrevivência. Uma obra de acção em que se projectam as contradições da condição humana. Um grande romance dum grande escritor. Pierre Boulle nasceu em Avinhão (França), em 1912. Licenciou-se em Ciências e em 1936 parte para a Malásia, onde trabalha numa plantação de borracha. Ali o surpreendeu a segunda guerra mundial. Tendo aderido ao movimento do general De Gaulle, foi feito prisioneiro pelos Japoneses quando desempenhava uma missão secreta em Singapura. Após a guerra continuou o seu trabalho na Malásia, mas em breve resolveu dedicar-se por inteiro à literatura. Uma loucura, diz Pierre Boulle, «mas nunca me arrependi.» De facto, na sua já considerável produção contam-se alguns dos maiores êxitos literários da França dos nossos dias: La Planète des Singes, Le Jardin de Kanashima, Le Sacrilège Malais, Contes de l Absurde e outros que seria longo enumerar. A Ponte do Rio Kwai foi a obra que mais notoriedade trouxe ao seu autor. Galardoado em 1955 com o Prémio Sainte-Beuve, o romance serviu de base ao filme do mesmo nome, aplaudido nos ecrãs de todo o mundo. Nele Pierre Boulle se revela em toda a dimensão de grande romancista que incontestavelmente se lhe reconhece, com o seu gosto pela acção, que enche todas as páginas desta obra, e aquele tão seu culto do paradoxo em que se projectam as contradições da condição humana.