Chancelaria de D. Afonso III

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Editora: Imprensa da Universidade Coimbra
Ano: 2011
Nº Páginas: 404
Peso: 0 Kg
Dimensões: mm
ISBN: 9789892600451
Categoria(s) História
Disponibilidade: Em Stock
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As chancelarias régias portuguesas do período medieval — entendendo-as aqui, em sen­tido restrito, como todas as cartas emanadas da corte com as disposições de um rei sobre os assuntos que a ela chegavam ou se integravam no seu projecto de governação — cons­tituem a fonte mais importante de que o historiador dispõe para o estudo do Portugal medieval e, em particular, do reinado a que dizem respeito. A Chancelaria de D. Afonso III ocupa, no entanto, um lugar à parte na evolução da produção documental da corte régia portuguesa. Na verdade, pela primeira vez, poucos anos após a sua chegada ao trono, um monarca mandou registar em códice próprio e pela ordem em que iam sendo entregues aos destinatários, todas as cartas saídas da chancelaria: aforamentos, cartas de foral, leis, cartas de povoamento, escambos, doações aos seus fiéis vassalos, tratados com Castela, cartas de composição, etc. Iniciado em 1253, esse Registo — que constitui preci­samente o chamado Livro I da Chancelaria — continuará a ser escrito até às vésperas da morte do rei, ocorrida a 16 de Fevereiro de 1279. Contava então mais de sete centenas de documentos, constituindo-se, portanto, por intermédio das áreas que foram merecendo a sua atenção ao longo da maior parte do reinado, como um retrato fiel do seu governo. Ao seu lado, dois outros registos documentais complementaram a actividade administrativa do monarca: o Livro II, redigido pelos finais dos anos cinquenta e que contém perto de duas centenas de aforamentos e cartas de foral, muitos dos quais dos reis anteriores; e o Livro III, de dimensões ainda mais reduzidas, confeccionado já no reinado de D. Dinis, após a recolha de alguma documentação que, parcialmente, não tinha sido incluída, por motivos que desconhecemos, no primeiro Registo. Embora estejam longe de representar todo o labor escriturário desenvolvido pelo chanceler e seus notários nos cerca de trinta anos da sua actividade sob D. Afonso III, constituem sem dúvida, pela amplitude tempo­ral e pela diversidade da documentação, o núcleo que melhor documenta essa actividade e, consequentemente, a do monarca que serviam.