Moinho à Beira do Rio, O - Vol. I

George Eliot é o pseudónimo por que ficou conhecida na história da literatura uma das mais extraordinárias mulheres que atravessaram o século XIX. Chamava-se Mary Ann Evans e nasceu em Arbury Farm, no ano de 1819, vindo a terminar os seus dias em Londres, em 1880.
Extraordinariamente culta, foi subdirectora da Westminter Revew, onde publicou trabalhos filosóficos de grandes valor. Ficou célebre o seu espírito inconformista, que não se limitou ao domínio das ideias: enfrentou os preconceitos do seu tempo vivendo sem casamento uma união feliz com Georges Lewes, união que se prolongaria pelo espaço de vinte e cinco anos, até à morte daquele, em 1878.
Como escritora, além de traduções de grande valor, nomeadamente de filósofos alemães, legou-nos algumas obras de excelente recorte literário.
Iniciou-se com o livro de novelas Scenes of Clerical Life, o que os críticos fizeram um acolhimento entusiástico.Charles Dickens foi o único a intuir que sob o pseudónimo de George Eliot se ocultava uma mulher...
Seguiu-se o romance Adam Bede, que definitivamente a consagrou como romancista.
Mais tarde escreveu ainda Silas Marner,Romola e Felix Holt, The Radical, além de obras poéticas, em que é justo destacar The Sanish Gypsy.
O Moinho à beira do Rio (The Mill on the Floss),de que apresentamos o Vol.I, é uma das obras que mais conhecido tornaram o nome da escritora e é indiscutivelmente um clássico da literatura inglesa do século passado.Obra semiautobiográfica, nela é bem patente o realismo não despido de emoção com que a autora se dedicou a pintar a vida rural da Inglaterra.