Um Infinito Silêncio

Uma breve monografia ilustrada por duas fotografias – a de uma praça e a de um pelourinho coberto de neve -, por outras duas em que sobressaíam os mais modernos edifícios – construções oficiais dos anos cinquenta – e por outras ainda onde se confundiam, num grafismo caprichoso de electrocardiograma ou impressão registada por sismógrafo após a rasante abalo, as estalactites e estalagmites de um grupo de mina: a pré-história de uma vila perdida a nordeste, comercialmente florescente e próspera há uns vinte ou trinta anos,António Rebordão Navarro, nasceu no Porto a 1 de Agosto de 1933. Estudou em Coimbra, em cuja Universidade se licenciou, na Faculdade de Direito. Foi funcionário de uma Caixa de Previdência e delegado do Procurador da República. Exerceu advocacia no Porto e secretariou durante muitos anos a revista Bandarra, dirigida por seu pai, Augusto Navarro. Após a morte de Augusto Navarro, dirigiu aquela revista e, foi co-director, da revista de poesia Notícias do Bloqueio.
Distingui-se como poeta, tendo publicado, entre outros, os volumes Os Animais Humildes, O Dia Dentro da Noite e Aqui e Agora.
Concorrente ao Prémio Alves Redol, foi-lhe este atribuído, em 1970, pelo seu romance Um Infinito Silêncio.