Tartarin nos Alpes

Autor(s) Alphonse Daudet

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Editora: Publicações Europa-América
Ano: 1973
Nº Páginas: 179
Peso: 0.014 Kg
Dimensões: 180x115x10 mm
ISBN: 9905002479544
Categoria(s) Autores Estrangeiros
Disponibilidade: Em Stock
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É justificadamente célebre a personagem de Tartarin criada por Alphonse Daudet.
Na provinciana cidade de Tarascon, toda a gente o cinquentão Tartarin pela sua imaginação Fértil, uma imaginação que aproxima e amplia os objectos com a força de num telescópio e transfigura em odisseias as pequenas peripécias de que é protagonista. Tendo-se coberto de «gloria» nas caçadas ao leão, "das quais trouxe o soberbo camelo, o último da Argélia, que morreria mais tarde, carregado de anos e de honras, e cujo esqueleto se encontra no museu da cidade, entre outras curiosidades tarasconesas", Tartarin, que nunca vira os Alpes, foi eleito presidente do Clube Alpino de Tarascon, cercada apenas de colinas rescendentes a timo a alfazema, mas baptizadas com nomes fabulosos como «O Monte Terrivél», «O Fim Do Mundo», «O Pico dos Gigantes», que os Tarasconeses escalavam como se de picos do Himalaia se tratasse.
Para Justificar tão elevada distinção e também «para dar uma bofetada» em Costecalde, que lhe levava a palma nas ascensões aos montes de Tarascon e lhe disputava a tribuna da presidência , Tartarin sente-se na obrigação de conhecer os Alpes e, um poucoinquieto («o seu corpo nem sempre estava pronto para a batalha, mas a sua vontade conduzia-o lá, mau grado seu»), chega ao Rigi-Kulm.
Apesar de o compatriota Bompard lhe encarecer os perigos de tal empreendimento, decide-se a uma escalada, com uma bela e temerária segurança.
Tartarin desaparece e, em Tarascon, todos o consideram morto.
Mas, enquanto no Clube Alpino, Bompard pronuncia a oração Fúnebre e exibe algumas relíquias do herói, o «glorioso» Tartarin regressa como uma visão do outro mundo, sem de resto surpreender ninguém: «Fiz o monte Branco dos dois lados: subi por uma vertente e desci pela outra. Foi isso que levou a crer num desaparecimento.»
Não confessou, evidentemente, que a segunda vertente a descera de...costas.
Daudet, dotado de uma excepcional capacidade de observação psicológica, quis fazer dos seu livros documentos sobre a existência humana, mas a sua fantasia e a sua poesia envolvem de graça mesmo as imagens mais tristes e miseráveis, exorcizando-as por meio de um optimismo sorridente e uma fé obstinada na vida.
Tartarin nos Alpes, em que se conjugam a poesia e a sátira, o sério e o grotesco, a frustração e o sonho, é um dos romances de Alphonse Daudet que melhor revelam o encanto do seu estilo e o seu talento de narrador.
Do mesmo autor e nesta mesma colecção foi já publicada também a obra Cartas do Meu Moinho.