«A palavra ´superstição`continua a pertencer à nossa linguagem:ainda hoje, são considerados ´supersticiosos` aqueles que parecem estabelecer uma relação de causalidade entre um acto ou um facto julgados significativos – treze convivas à mesa, o saleiro que se entorna, um espelho que se quebra, etc.– e um acontecimento,situado geralmente no futuro, que se espera ou que se receia e deseja afastar.Tais afirmações, comportamentos e crenças podem coexistir, na mesma sociedade, até num mesmo indivíduo, com uma abordagem científica e técnica dos fenómenos: pode ´bater-se na madeira` antes de embarcar num avião, embora sabendo que este voará conforme as leis da aerodinâmica.(...)
»As ´superstições` são hoje, em geral, toleradas: o seu espectáculo suscita a alguns um sorriso irónico, a outros uma curiosidade prudente. Não são novas na sua forma: o temor dos presságios é universal […] As superstições não se deparam já com os imperativos da fé enunciados por uma Igreja: em contrapartida, são geralmente opostas à racionalidade científica que o Ocidente forjou, sobretudo a partir do século XVIII. Mas esta substituição de um sistema de referências por outro efectuou-se muito progressivamente, e decerto que ainda não se encontra hoje totalmente concluída.»
História das Superstições
Autor(s)
Jean-Claude Schmitt
17.90€ 16.11€ -10%
Editora:
Publicações Europa-América
Ano:
1997
Nº Páginas:
164
Peso:
0.230 Kg
Dimensões:
230x155x10 mm
ISBN:
5601072580251
Categoria(s)
História
,
Antropologia
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Disponibilidade:
Em Stock