Movimentos Populares Agrários em Portugal (1751-1807) - Vol. I

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Editora: Publicações Europa-América
Ano: 1994
Nº Páginas: 268
Peso: 0.360 Kg
Dimensões: 230x155x10 mm
ISBN: 5601072580183
Categoria(s) História , Agricultura , Sociologia
Disponibilidade: Em Stock
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Movimentos Populares Agrários em Portugal (1751-1825) e uma obra que se debruça sobre um intenso movimento de contestação dos camponeses relativamente ao agravamento da cobrança de rendas e foros, que teve a sua génese na segunda metade de Setecentos. A hipótese de trabalho que este livro apresenta é a seguinte: Em que medida, a movimentação camponesa influenciou o processo, que então se desenvolvia no nosso país, de transição do Antigo Regime, senhorial, para a sociedade liberal, capitalista?
As alterações políticas ocorridas em Portugal e a mudança de regime, após a revolução liberal, mantiveram a estrutura enfitêutica de exploração da terra e produziram, segundo as palavras de Tengarrinha, uma linha de cariz não anti-senhorial decido ao apoio que recebeu de uma parte importante da burguesia usufruindo da renda rural. Reconhece-se, por outro lado, que nunca houve uma orientação abertamente capitalista na agricultura no primeiro período liberal: quando a Igreja e os donatários, procuram aumentar os seus rendimentos, não o fizeram tentando que as terras produzissem mais, mas agravando a pressão sobre os exploradores directos.
Daqui o autor conclui que a luta anti-senhorial desencadeada pelos camponeses em Portugal não tem uma vertente anti-capitalista, é mais uma luta contra o senhorio tradicional. É uma luta arcaica, onde os interesses imediatos e a revolta instintiva predominam sobre a visão consciente da ordem absolutista. Não há, assim, uma correspondência directa entre contestação anti-senhorial e movimentos liberais.