Política e Poder na África Austral ( 1974 - 1989 )

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Editora: Escolar Editora
Ano: 2013
Nº Páginas: 248
Peso: 0.380 Kg
Dimensões: 230x160 mm
ISBN: 9789725923788
Categoria(s) Ciência Política
Disponibilidade: Em Stock
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O presente livro passa em análise a evolução das relações
políticas na África Austral no período que medeia entre 1974 e
1989. A escolha das duas datas não foi aleatória: 1974 é o ano
da «Revolução dos Cravos» em Portugal, que abalou
radicalmente o equilíbrio de forças no subsistema regional da
África Austral; 1989, por seu turno, foi o ano da chegada ao
poder de Frederik Willem de Klerk, personalidade política
condenada a tornar o regime sul-africano conforme com a
democracia, esse novo princípio da legitimidade internacional;
mas o ano também do fim efectivo da projecção de poder do
conflito bipolar na região. Não procurámos distinguir entre as
«boas» e as «más» políticas, cujo único critério de avaliação
aceitável continua a ser o seu desfecho. Apesar das «boas
intenções» que guiam sempre as decisões políticas, recordemos
os ensinamentos do florentino Nicolau Maquiavel, esse autor
tão proscrito quanto seguido, de que a natureza humana
persiste em glorificar o sucesso e em condenar o fracasso,
independentemente do «bom» ou «mau» fundamento ético das
decisões. Este nosso estudo reproduz tanto as vantagens como
as vicissitudes de uma abordagem neo-realista da cena
internacional, a qual tem a estrutura do sistema internacional
por factor explicativo determinante das relações políticas entre
os seus membros; relações essas que, consequentemente, são
tenuemente influenciadas pela lógica interna dos sistemas
estaduais. Se as preocupações de ordem metodológica não
devem ser ignoradas, elas também não podem converter-se
num obstáculo à compreensão da dinâmica permanente dos
assuntos internacionais, onde nem tudo procede necessariamente
nem sempre apenas e exclusivamente da distribuição de
forças. Enfim, apesar da introdução de uma multiplicidade de
novas variáveis na vida internacional, conservamos a convicção
«realista» que a luta pelo poder, pelo prestígio e pela riqueza
continua a ser a própria essência da política internacional.