Geologia de Portugal - 2 Vols.

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Editora: Escolar Editora
Ano: 2012
Nº Páginas: 1624
Peso: 2.921 Kg
Dimensões: 180x235 mm
ISBN: 9789725923641
Categoria(s) Geologia
Disponibilidade: Indisponível
INDISPONÍVEL

O trabalho que agora se apresenta tem como ponto de partida
o livro «Geologia de Portugal no contexto da Ibéria» editado
em 2006 por ocasião do VII Congresso Nacional de Geologia
realizado em Estremoz. É uma versão não apenas revista e
actualizada do ponto de vista científico, mas também substancialmente
alargada.
Estamos perfeitamente conscientes de que, apesar dos melhoramentos
introduzidos, continuará a não ser um livro consensual,
quer na organização, quer nos autores, nem muito menos
nos conteúdos científicos publicados. Já o sabíamos, à partida,
quando começámos este projecto há 6 anos. De novo, opções
de fundo tiveram de ser assumidas, com os riscos inerentes,
como é natural; mas, apesar disso, achamos que, num balanço
entre o nada se fazer ou apresentar-se um trabalho que de
alguma forma responde à necessidade sentida por todos de
um livro sobre a Evolução Geodinâmica de Portugal, os pratos
pendem para o lado... do risco!

Lembramos que antes do projecto de 2006, há muito que
estavam esgotadas as últimas sínteses que foram feitas sobre
a Geologia de Portugal; o célebre livro azul de Ribeiro et
al., 1979 e o livro de Teixeira & Gonçalves, 1980. Editadas há
mais de 30 anos, quando a Tectónica de Placas dava ainda os
primeiros passos, esses livros apresentam necessariamente
uma visão que já muito pouco tem a ver com os vertiginosos
avanços científicos registados nos últimos anos. Muito recentemente
e na altura em que este livro se encontrava em fase de
revisão de alguns capítulos, foi publicada uma memória, em 3
volumes, sobre as Ciências Geológicas: Ensino, Investigação e
sua História, editado por J. C. Neiva, A. Ribeiro, L. M. Victor,
F. Noronha e M. M. Ramalho (2010) e onde se pretendeu
recensear a actividade dos especialistas e o seu impacto
socioeconómico no País.

De forma diversa, este livro foi estruturado a partir do livro de
2006 o qual teve como base metodológica a escolha das temáticas
que iriam ser abordadas, organizadas em torno dos ciclos de
Wilson melhor representados na Geologia Portuguesa: o Ciclo
Varisco e o Ciclo Alpino/Atlântico. Durante¬ o VII Congresso Nacional de
Geologia assumimos que muitas áreas e temas
ficariam por tratar, uma vez que os capítulos foram então organizados
como suporte científico, aprofundado, das excursões
planeadas no âmbito do referido congresso. Pretendeu-se, agora
colmatar, o melhor possível, as lacunas existentes.

Identificadas as principais limitações, também com o auxílio
das reacções que entretanto fomos recebendo da comunidade
científica nacional, houve que fazer novos convites a responsáveis
por capítulos, eliminar ou reestruturar os capítulos
existentes e incentivar os responsáveis de capítulos que
se mantiveram, para o maior alargamento possível das
equipas. Mas, para temas onde tem sido notória uma saudável
divergência de perspectivas científicas, os editores assumiram
que não lhes cabia fazer escolhas por qualquer delas; por isso
foram convidados responsáveis que, através das suas equipas
de trabalho puderam explanar sínteses com os seus dados,
interpretações e modelos.

O leitor fica desde já alertado para este facto. Mas isto não é uma
debilidade do livro, pelo contrário. Sempre assumimos que não
nos cabia fazer uma «versão oficial» da Geologia Portuguesa e,
por isso, privilegiámos a riqueza do debate e do conhecimento
produzido, como exemplo daquilo que entendemos dever ser
o princípio orientador da Ciência transmitida principalmente
para os investigadores mais jovens. Foi dada total liberdade aos
responsáveis convidados, normalmente os primeiros autores de
cada capítulo, quanto à escolha das suas equipas, privilegiando
autores portugueses.

Outro princípio orientador transmitido aos responsáveis foi o
da utilização, em cada tema, do leque mais alargado possível de
publicações, não apenas as que constituem principal referência,
em termos nacionais e internacionais, mas também de teses
que, muitas vezes os próprios investigadores seniores vão tendo
dificuldade em acompanhar, em «tempo real», face à enorme
expansão, nos últimos anos, de dissertações e teses resultantes
do novo modelo de Ensino Superior associado ao Processo de
Bolonha.

A terminar, gostaríamos de salientar que embora este seja
o resultado da colaboração directa de 140 investigadores, o
que está contido neste livro representa muito mais do que o
trabalho destes elementos. Com efeito, as sínteses apresentadas
representam o acumular dos dados que gerações sucessivas de
geólogos foram esforçadamente reunindo.
Os editores