Identidade e Mudança

São muitas as questões suscitadas pela tentativa de analisar a fundo a identidade. Qual é a natureza do que chamamos identidade? Será uma estrutura? Um símbolo? Um vínculo? Uma força que mantém a coesão do self? A forma como uma pessoa se vê a si própria ou é vista pelos outros? Existe desde o começo da vida ou vai-se consolidando paulatinamente no decurso da evolução? Que papel desempenha o corpo no sentimento da identidade? Por outro lado, que relações tem a mudança com a não mudança? Qual é o limite de mudança tolerável sem que a identidade se destrua de forma irreparável? O que acontece face ás mudanças do ambiente exterior, do corpo ou da mente? Colocando-se noutra perspectiva, qual é o resultado das pressões provenientes de instituições, organizações ou sociedades que atacam a identidade? Até há pouco tempo, a maioria dos indivíduos parecia aceitar sem questionar, ou pelo menos sem excessiva análise, as suas respectivas identidades. Mas, actualmente, e em função das vertiginosas mudanças que se sucedem no âmbito sociopolítico-económico, a identidade passou a ser uma preocupação de primeiro plano para todos sem execepção. Cada um necessita interrogar-se muitas vezes sobre quem realmente é. Este questionamento é já parte importante do processo de aquisição do sentimento de identidade.