O plano de incorporação de Portugal na unificação ibérica, prosseguido pelo germanismo da Casa da Àustria pelos casamentos reais, Filipe II realizou-o habilmente, fazendo-se aclamar por cláusulas de parentesco nas Cortes de Tomar. Daí a estabilidade do seu domínio de 1580 a 1598, tendo evitado sempre afrontar o sentimento da Nacionalidade. Por sua morte, o Castelhanismo asfixiante e absorvente veio acordar-nos o sentimento da pátria, a aspiração da independência nacional, a que o equilíbrio europeu deu o relevo da Revolução de 1640. Este grande fenómeno moral e histórico ocupa todo século XXVII e reflecte-se vivamente na elaboração literária dos Seiscentistas.
A história deste período não está completa nos feitos de armas e vitórias gloriosas; houve uma luta do sentimento nacional contra a imposição da língua castelhana [...] salvou-se a Literatura portuguesa pela reacção dos espíritos cultos Seiscentistas [...]
- Teófilo Braga
História da Literatura Portuguesa - Vol. III
Autor(s)
Teófilo Braga
8.00€ 7.20€ -10%
Editora:
Publicações Europa-América
Ano:
Nº Páginas:
414
Peso:
0.230 Kg
Dimensões:
175x115x17 mm
ISBN:
5601072409453
Categoria(s)
Estudos Literários
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Disponibilidade:
Em Stock