Acabou a luta de classes? Os patrões são agora os legionários da riqueza internacional, os ilusionistas do emprego, os batedores de caça dos accionistas e os guarda-sóis da leviandade dos políticos. Talvez, mais do que nunca, continuem a mandar no mundo, mas os seus inimigos mudaram. Estes já não são a turba de assalariados famintos, com os seus sindicatos contestatários, para quem, na verdade, os patrões passaram a ser a grande esperança após os desaires «proteccionistas» do Estado coruja.
Não, o que aflige os patrões são antes pessoas tão insignificantes como os analistas financeiros ou os jornais económicos, verdadeiros pirómanos do mundo do dinheiro.
E a solidão, sobretudo ela. Porque o patrão, que não podemos confundir com o gestor, esse burocrata pretensamente letrado, aparenta-se mais com o grande actor de teatro: por detrás da firmeza, da coragem e do rigor contagiantes, que fazem dele o líder nato, tem os seus momentos de angústia e de dúvida, sente-se incompreendido.
O mérito deste livro é o de assumir, entre muitas outras revelações desinibidas e brilhantes, e pela pena de um dos maiores patrões franceses de hoje, todas as qualidades e defeitos, gestos magnânimos e caprichos que caracterizam os «profissionais» deste ofício, o segundo mais antigo do mundo.
Ofício de Patrão, O
Autor(s)
Jean-Louis Servan-Schreiber
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Editora:
Inquérito
Ano:
1992
Nº Páginas:
342
Peso:
0.520 Kg
Dimensões:
230x155x20 mm
ISBN:
5603121001267
Categoria(s)
Liderança
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Disponibilidade:
Em Stock