Rapto de Prosérpina, O

Poetas há que, apesar de grandes, são quase desconhecidos.
É o caso de Claudiano, que nasceu em Alexandria, por volta de 375.Poeta de circunstância, escreve sobre os acontecimentos políticos e sociais de Roma, onde viveu.
Da sua obra, apenas dois poemas mitológicos têm feição puramente literária, imaginativa: O Rapto de Prosérpina e a Gigantomaquia.
O mito de Prosérpina, deusa da agricultura, filha de Júpiter e de Ceres, e mulher de Plutão, estendeu-se a todo o mundo grego e romano, dando origem a numerosas criações artísticas.
Perpassa na poesia lírica e na tragédia grega, aparece em poetas latinos, encontra-se nos compêndios mitológicos e nos apologistas cristãos.
É celebre o baixo-relevo de Crisofa.
O tema foi pintado por Ticiano, Breughel e Rubens.
Estando Prosérpina a colher flores com suas irmãs, é subitamente arrebatada pelos ares e transportada até Plutão, que a espera e a desposa.
Só Júpiter conhece o paradeiro da filha, que oculta a Ceres.
Esta, guiando sinuosas serpentes que deslizam, aladas, através de nuvens e humedecem as rédeas com um pacífico veneno, parte angustiada em busca da filha...