João da Mata ao demonstrar a identidade social, política, económica e cultural da Somaterapia com o anarquismo de Roberto Freire, permite-nos compreender historicidade da dinâmica de grupo e a perspetiva autogestionária libertária numa perspetiva libertária. Essa análise foi elaborada de modo pertinente e singular, razão pela qual João da Mata tenha recorrido aos ensinamento do anarquismo social de Murray Bookchin e do modelo das Zonas Autónomas Temporárias (TAZ) de Hakim Bey, e autogestionário de Ivon Bourdet e Alain Guillerm.
Não obstante as suas diferenças ideológicas e epistemológicas, João da Mata também analisou Michel Foucault, Michel Onfray, Miguel Bakunine e Pierre-Joseph Proudhon. Através destes autores, se bem que de forma diferenciada, foi elaborada uma epistemologia assente nas dinâmicas grupais autogestionárias identificadas, historicamente, com processos de mudança radical nos processos de liderança e de tomada de decisão nas empresas, organizações, grupos e sociedades que evoluíram para soluções autogestionárias e algumas delas transformaram-se em tentativas societárias revolucionárias abortadas.